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Taxa SELIC recorde em 2022: Quais suas consequências?

 

 

A taxa Selic em 2022 sofreu aumentos que a colocaram como a mais alta dos últimos meses!

 

Depois de um longo ciclo de baixa que a levou ao patamar mínimo histórico, começou um grande movimento de alta com a intenção de conter o avanço da inflação. Tudo isso reflete também nos investimentos feitos sobretudo na renda fixa, você sabia?

 

Para tratar melhor o assunto, este artigo fala sobre o conceito em torno da taxa. Ao ler o texto, você conhecerá também seu histórico recente e os motivos da elevação de seu valor. Em seguida, saberá como é possível aproveitar o movimento e fazer aplicações mais rentáveis.

 

Siga em frente e aproveite esta leitura!

 

 

O que é a taxa selic?

 

Todo país tem uma taxa que serve como referência para as operações de crédito da nação. Normalmente, ela corresponde à taxa de juros paga pelo governo quando toma dinheiro emprestado. Esse empréstimo ocorre por meio dos títulos públicos, e a taxa recebe o nome de juros básico da economia. No nosso caso, ela também é denominada taxa Selic.

 

Seu significado literal é Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Trata-se de uma taxa fixada pelo Governo Federal de acordo com sua política econômica. A definição de seu patamar é feita por meio das reuniões do Copom, o Comitê de Política Monetária. Suas reuniões ocorrem a cada 45 dias, dizendo ao mercado se a taxa Selic permanece a mesma, se é elevada ou rebaixada.

 

Assim, podemos afirmar que a taxa básica de juros também é um mecanismo de controle da política monetária do país. Ela pode servir para retirar ou injetar liquidez no mercado com a finalidade de regular a inflação.

 

Além disso, a taxa Selic serve como balizador do mercado de investimentos em renda fixa, pois as aplicações têm rendimento baseado nesse valor.

 

 

Qual foi o seu histórico nos últimos anos?

 

A taxa Selic passou por movimentos significativos nos últimos anos. A começar pelo seu declínio a partir de outubro de 2016. Após alcançar um valor de 14,25% ao ano, um ciclo de baixa teve início e se prolongou por praticamente 3 anos.

 

Foi quando a taxa chegou no patamar mínimo de toda a sua história, alcançando o valor de 2% ao ano. Isso aconteceu em agosto de 2020 e perdurou até março de 2021. Foi então que um novo ciclo de alta começou e estamos vivendo nele agora.

 

A alta tem sido abrupta desde então e, após 11 elevações seguidas do Copom, a Selic atingiu o maior valor dos últimos 5 anos. Desde janeiro de 2017 não se via um patamar como o de agora, que, nesse momento, está fixado em 13,25% ao ano. O anúncio foi feito na reunião do dia 17 de junho de 2022.

 

Quais foram as causas da elevação da taxa?

 

Muito se pergunta sobre as reais razões que levaram o Governo Federal a elevar a taxa Selic de forma tão abrupta assim. E existem explicações. Afinal de contas, todo o planeta está enfrentando uma crise econômica provocada sobretudo pela deflagração de uma pandemia global.

 

As medidas restritivas fizeram com que as relações comerciais se alterassem profundamente. Para evitar a propagação do vírus, fecharam-se os portos de várias localidades do globo. Com isso, o fluxo de mercadorias caiu bastante, deixando de existir em algumas rotas comerciais.

 

Como consequência, vários produtos de necessidade básica ficaram escassos. O efeito não poderia ser outro senão o aumento descontrolado da inflação, fenômeno pelo qual passam todas as nações do planeta.

 

Como a taxa Selic tem o efeito de retirar liquidez do mercado para frear o consumo, o artifício foi utilizado para controlar a inflação. Por essa razão, a alta de preços foi em parte contida e o ciclo de alta na taxa de juros ainda continua, pois pode ser que ainda haja novas elevações.

 

 

Quais são os investimentos mais atrativos diante do aumento da taxa selic em 2022?

 

Com a alta da taxa Selic, os investimentos seguros em renda fixa passam a ter maior atratividade. Como seu rendimento é atrelado ao índice, com sua elevação, os ganhos em papéis desse mercado ficam maiores.

 

Acompanhe, a seguir, algumas ótimas alternativas de investimento em renda fixa.

 

CDB

 

Os CDBs são os certificados de depósito bancário. Trata-se de títulos de crédito emitidos por instituições financeiras, sobretudo bancos. Nesse tipo de operação, o investidor empresta seu dinheiro ao banco em troca de um título com a promessa de pagamento futuro.

 

Um ponto interessante dos CDBs é sua garantia fornecida pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito. Em caso de quebra da instituição, o investidor pode ser ressarcido em até R$ 250 mil em cada banco que tem investimentos. O teto da cobertura é de R$ 1 milhão.

 

Tesouro Direto

 

O Tesouro Direto é a plataforma de títulos públicos disponibilizados pelo Tesouro Nacional. É possível encontrar vários tipos de papéis. Quando a taxa Selic está alta, o título que mais chama atenção acaba sendo o Tesouro Selic.

 

Isso ocorre porque seu rendimento está atrelado à taxa, e quanto maior ela for, mais esse papel renderá.

 

Certificados de recebíveis

 

Outra ótima opção de investimentos no mercado de renda fixa vem dos emissores privados, ou seja, as empresas de capital privado. São os certificados de recebíveis e eles existem em duas modalidades: os certificados do agronegócio servem para lastrear a expansão desse setor, da mesma forma que os certificados imobiliários. Por terem maior risco associado, costumam pagar taxas mais altas, conhecidos como LCI e LCA.

 

Fundos de investimentos

 

Para quem não gosta de gastar tempo escolhendo títulos, os fundos de investimentos são uma ótima opção. Eles também investem nesses mesmos papéis, mas contam com uma estrutura profissional. Assim, há a figura do gestor do fundo, que é o responsável pela alocação dos recursos dos investidores.

 

O aumento da taxa Selic em 2022 tornou o crédito um pouco mais elevado, mas nem por isso se deve deixar de tomá-lo. Um dos segredos reside na educação financeira, pois é possível conhecer melhor todas as fontes de financiamento e o melhor momento para tomar crédito. Além disso, o período pode ser aproveitado para fazer investimentos mais seguros, que apresentam grande retorno.

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